A difícil arte de delegar tarefas

A difícil arte de delegar tarefas

Olá, mamães e papais. Hoje, vou falar sobre uma questão que é bem difícil para algumas famílias, principalmente para mamães!

Você consegue delegar com facilidade as tarefas relacionadas ao seu filho?

Eu sou uma mãe de primeira viagem e quando meu filho nasceu senti que meu filho pertencia a mim e a meu marido. Queria ele juntinho de mim o tempo todo, chorava imaginando o momento que teria de voltar a trabalhar, o momento que o deixaria com parentes, o momento em que viajaria. Esses momentos chegariam…E chegaram!

Cheirinho bebê
Foto: Kelly Cervo | Composée

Na primeira vez que o baby ficou com os avós foi aquela apreensão. Será que conseguirão cumprir os horários, a rotina? E o banho? Vão segurar direitinho, limpar tudo? Será que ele irá adormecer com facilidade? Não sei se com vocês foi assim, mas meu coração ficou mega apertadinho. Um medo danado de que as coisas não saíssem como o planejado. Mesmo sabendo que a vovó tinha anos de experiência nessa área após ter três filhos!

Tudo deu certo. Deleguei funções e elas foram plenamente realizadas. Mesmo assim, fico sempre com aquele sentimento de que ninguém fará tão bem quanto eu. Chegou, então, o dia que tive de viajar para um curso. Primeira noite sem sentir aquele cheirinho gostoso antes de dormir. Quando comprei a passagem, pensei: “Por que fiz isso? Será a hora?”. E eu respondo a vocês: Se nunca tentarmos, nunca será a hora.

A viagem foi ótima, reencontrei grandes amigas e fui conhecer de perto o projeto CineMaterna, em São Paulo. Por um momento, só posso ter me esquecido do que se tratava o projeto. Não me preparei para encontrar tantos bebês. E tinham muitos! Era carrinho de bebê para todos os lados. Claro, sem que vissem, chorei de saudade. Porém, deu tudo certo! Sobrevivi e meu filhotinho estava ótimo em casa. A mamãe aqui que estava sofrendo.

O sentimento se repetia a cada vez que o deixava com alguém; na hora da contratação da babá (um assunto para outro post); na hora de ir a reuniões, mas aos poucos fui vendo como o meu filho se comportava bem durante minhas ausências e a forma como ele me recebia quando eu chegava em casa. Sempre me falavam, mas tem coisa que só dá pra sentir vivendo.

Chegar em casa, hoje, é um dos momentos mais esperados. Já saio de casa imaginando a reação dele quando eu voltar. Mamães, confirmem! Não é a coisa mais gostosa do mundo? Meu filhote abre um sorrisão e balança os bracinhos, doido para vir para o meu colo!

Isso não tem preço! Por isso, o momento de todas as mamães chegará. Devemos ter controle, paciência com nós mesmas, chorar todas as vezes que nos der vontade e aprender a delegar. Não me sinto menos mãe por não fazer tudo e sei que durante o tempo que estou com ele sou a melhor mãe que ele podia ter. Quanto mais trabalhamos isso, mais nossos filhos se sentirão seguros e entenderão que mesmo que tenhamos de sair, voltaremos.

 

 

 

 

 

 

Andrea Lopes

Jornalista, especializada em comunicação digital. Mãe do Miguel, nascido em janeiro de 2013 e do Rafael, nascido em outubro de 2014. Apaixonada pelo mundo materno-infantil.

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