Para muitos casais, a chegada do segundo filho traz bastante alegria. Em contrapartida, pode trazer muito medo. Medo de errar com o primogênito ou com o caçula, de não dar conta da rotina de trabalho com tarefas de casa somadas à criação de dois filhos, de tudo isso gerar brigas para o casal…
Cada casal é único e a forma de lidar com as dificuldades não seria diferente. Entretanto, existem alguns pontos que devem ser observados para que os conflitos e os medos sejam diminuídos.
Primeiramente, os filhos são espelhos dos pais e quanto mais os pais levarem a situação com naturalidade, mais a criança levará também. Quanto mais medo os pais tiverem de errar, quanto mais suas ações forem pensadas e engessadas, mais a criança vai perceber que a situação de ter um irmão é desconfortável de alguma forma.
Além disso, o primeiro filho precisa entender a chegada do irmãozinho como algo positivo, que vem agregar e não prejudicar. Para isso, ele deve ser inserido na rotina que antecede a chegada do bebê, como escolha de nome, compra de fraldas, chás e arrumação do quarto. A idéia é que ele se sinta tão importante quanto o irmão. Isso não significa que a cada presente que o bebê ganhar, o irmão tenha de ganhar também. Até porque, este é o momento DO bebê e o irmão faz parte dele junto com os pais.
Deve-se evitar compensar o filho com brinquedos e passeios, por exemplo, por estar perdendo um espaço que antes era só dele ou por existir a possibilidade de sentimento de exclusão ou rejeição. As crianças percebem isso e vão se valer desse artificio para conseguir que façam suas vontades em outras oportunidades.
A rotina da casa com dois filhos é ainda mais conturbada, o bebê precisa de cuidado constante e a criança precisa da atenção de sempre. Os pais precisam se atentar para que o mais velho não se sinta abandonado. A questão é organizar o tempo, para que ele receba atenção como antes. Não como algo forçado, mas como natural. Vale conversar com o filho para que ele entenda os cuidados que o bebê necessita e os motivos da mãe e do pai estarem mais dedicados a ele. A conversa é importante também para que ele perceba em que momentos os cuidados e as brincadeiras são voltados só para ele.
Se seu filho já tem 3 anos ou mais, ele já tem condições de ajudar, inclua-o nas tarefas. E não se esqueça dos momentos só de vocês. Se seu filho é mais novo, ele não entenderá tão bem quem é esse bebê novo, mas converse com ele como se ele estivesse entendendo tudo. E permita que eles interajam, para que ele não sinta que o irmão chegou e “roubou” tudo dele. Se você acha que terá dificuldades, procure uma orientação psicológica. Um profissional irá conhecer você e seu jeito e poderá auxiliar da melhor forma. O mais importante é agir de forma natural e curtir cada momento de sua família.
Sem comentários ainda. Seja o primeiro a comentar!